Os próximos assentos futuristas das companhias aéreas poderão se desinfetar e até mesmo fazer massagens aos passageiros.
Assentos de avião podem ser um viveiro de bactérias, embora os dias de micróbios infeccionando sob nós enquanto viajamos possam em breve ser uma coisa do passado. A Recaro Aircraft Seating GmbH, usada pela Cathay Pacific Airways Ltd., entre outras, vem desenvolvendo assentos que matam germes automaticamente em segundos. Essa inovação ocorre em meio a alegações de que os aviões são um terreno fértil virtual para patógenos.
Obviamente, esses assentos são inicialmente destinados à classe executiva e aparecerão no mercado nos próximos dois anos. As cadeiras são uma área de estar digitalizada e personalizada, informando aos passageiros que seus assentos estão de fato limpos, de acordo com o CEO da Recaro, Mark Hiller. “A melhor inovação não ajuda se você não pode mostrá-la”, acrescentou. “Individualização é realmente a chave.”
Hiller, que espera criar “um quarto de hotel no céu”, disse que os assentos também preveriam problemas nas costas e proporcionariam massagens.
Atualmente, a Recaro, concorrente da Thompson Aero Seating Ltd., Boeing, Zodiac Aerospace e Rockwell Collins Inc., produz aproximadamente 120.000 assentos de avião por ano. A Rockwell Collins, por exemplo, fabrica assentos revestidos com um agente antimicrobiano, disse Alex Pozzi, vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento de assentos da empresa.
À medida que as viagens de longa distância se tornam mais comuns, os passageiros estão cada vez mais preocupados com seu bem-estar. Recentemente, em um voo de Boston para Los Angeles em 2008, um norovírus se espalhou pelo avião, resultando em vários passageiros doentes.
Um relatório divulgado em janeiro mostrou que uma polegada quadrada de uma fivela de cinto de segurança pode conter 1.100 bactérias viáveis e células fúngicas. Outro relatório, divulgado em 2014, pela Auburn University, no Alabama, revelou que o staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), um grupo de bactérias gram-positivas, que resulta em infecções difíceis de tratar, pode ter uma vida útil de sete dias no tecido. Outro patógeno comum, E. coli, também encontrado em cabines de aeronaves, pode causar cólicas abdominais, diarreia sanguinolenta e vômitos.
“Nossos dados mostram que ambas as bactérias podem sobreviver por dias nos tipos selecionados de superfícies, independentemente do tipo de fluido corporal simulado presente, e que representam um risco de transmissão por contato com a pele”, disse o pesquisador Kiril Vaglenov, da Auburn University.
Embora materiais antibacterianos tenham sido desenvolvidos para superfícies duras, a Recaro espera recriar a mesma tecnologia para tecidos. Os assentos da classe executiva têm um valor estimado de $ 95.000. Além disso, a empresa espera adicionar isolamento acústico, controle de luz e temperatura nas poltronas.
“Ainda há mais a fazer e mais melhorias possíveis”, disse Hiller.
Vaglenov disse que os passageiros devem estar cientes da higiene das mãos e não viajar enquanto estiverem contagiosos ou com o sistema imunológico comprometido.
