A ciência nos diz que pode haver milhões dessa espécie por aí, mas nos orienta a procurar primeiro nesses lugares.
Entre as lendas sobre yeti monstruosos que vagam pelas terras alpinas em busca de sua próxima refeição e serpentes marinhas que se parecem com cobras que podem ocupar cinco quarteirões da cidade, está a lenda do Kraken. Seus contos ameaçadores remontam a séculos, até o ano de 1180, quando um relato em primeira mão foi escrito pelo rei Sverre. Embora esses relatos de testemunhas oculares provavelmente não tenham a chance de serem provados certos ou errados com as evidências, nos tempos modernos, a existência de lulas gigantes foi confirmada – e há razões para acreditar que existem centenas, senão milhares, dessas criaturas. ainda temos que aprender.
As lendas, que eram consideradas verdadeiras na época, sobre o Kraken continuaram até o século XVIII. De acordo com a ciência, tudo isso é boato, mas para aqueles que realmente acreditam na existência de algo maior que o polvo médio, essas palavras são levadas a sério. Antigamente, acreditava-se que o mar era um lugar ameaçador, cheio de animais desconhecidos e, até hoje, a lula gigante continua a ser uma das criaturas mais esquivas e misteriosas do oceano.
Então, se essa criatura fosse encontrada, onde ela apareceria? A ciência pode ser capaz de apontar o caminho.
Primeiros relatos do Kraken e a primeira evidência moderna
Não muito diferente da crença de que Megaladon (tubarão gigante) ainda poderia estar nadando em algum lugar, à espreita nos cantos escuros do oceano, o Kraken, especificamente, tem sido um assunto de interesse para cientistas e folcloristas. Muitas das evidências de sua existência potencial vêm de relatos antigos combinados com evidências que apontam para a existência real da lula gigante, que já foi confirmada. Uma das descobertas mais incríveis aconteceu na Noruega que, curiosamente, também é de onde o rei Sverre era – e a coincidência não passou despercebida para aqueles que seguem a espécie.
Em 1954, uma lula gigante foi encontrada na praia de Ranheim, na Noruega, e foi medida pelos professores Svein Haftorn e Erling Sivertsen. A coisa toda media 9,5 metros (pouco mais de 31 pés) de comprimento, tornando-se um dos maiores espécimes já registrados na época. No entanto, a Noruega não é o único local a testemunhar a existência de enormes lulas; A Terra Nova também teve seu quinhão de criaturas gigantes com tentáculos. Em 1873, um espécime na forma de um tentáculo foi trazido de uma viagem de pesca por Theophilus Picot, que alegou que a criatura havia realmente atacado seu barco. O tentáculo em questão media impressionantes 19 pés, o que significava que a própria criatura era ainda maior do que isso, e quando o resto do animal foi encontrado, deu a primeira visão de um mundo de vida marinha que não foi confirmado anteriormente.
Em 1853, outro espécime de lula foi encontrado em uma praia e foi descoberto por Japetus Steenstrup, um naturalista norueguês. Steenstrup conseguiu obter o bico do animal que levou a ciência ainda mais longe à ideia da existência de uma lula gigante. Isso começou a borrar as linhas entre o Kraken e a lula – poderia ser o mesmo animal?
Por que não foram descobertos mais?
A ciência por trás da lula gigante e, potencialmente, a criatura responsável pela criação da lenda do Kraken, é um pouco obscura – sem trocadilhos. O maior espécime já registrado media 19 metros (quase 60 pés de comprimento) e, de fato, se encaixa na conta de acordo com os primeiros relatos de testemunhas oculares do que se acreditava ser uma besta mítica. Acredita-se que existam milhões de lulas por aí, embora a determinação se é uma espécie ou muitas ainda não tenha sido comprovada de uma forma ou de outra.
Com força e poder inacreditáveis por trás de seus tentáculos e um bico que poderia, potencialmente, derrubar um pequeno barco ou causar danos a um navio antigo, essas criaturas vivem em profundidades muitas vezes invisíveis ao olho humano. A quase 3.000 pés, as lulas gigantes vivem, comem e se reproduzem confortavelmente, três coisas que os cientistas ainda precisam testemunhar ou entender.
Nessa profundidade, é quase como se a luz não existisse e mesmo que um ser humano pudesse suportar a pressão dessa profundidade, não está claro por onde começar a procurar. Até agora, as únicas gravações que mostram uma lula gigante em ação foram um tanto acidentais, entre relatos de testemunhas de pescadores noturnos. Então, é possível que o Kraken exista? A resposta, sem dúvida, é ‘sim’… mas não da forma que muitos pensam.