Os pesquisadores procuravam um navio espanhol afundado há anos, quando o encontraram na costa de Cartagena, na Colômbia, em 2015.
Os pesquisadores procuravam um navio espanhol afundado há anos, quando o encontraram na costa de Cartagena, na Colômbia, em 2015.
O San José, que afundou há mais de 300 anos, teria ouro e prata no valor de US$ 17 bilhões a bordo. Os detalhes da descoberta do que é considerado o “santo graal dos naufrágios” foram mantidos em segredo, mas agora funcionários da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) receberam autorização de vários governos para revelar a informação.
O navio, uma embarcação de 62 canhões e três mastros, que na época era o maior galeão da frota espanhola, transportava ouro, prata e esmeralda, além de seiscentas pessoas, de Potosí, no Peru. Ele desapareceu em algum lugar entre o Panamá e a Colômbia em 8 de junho de 1708, enquanto lutava contra navios britânicos na Guerra da Sucessão Espanhola.
Embora os britânicos tentassem apreender a carga, o navio afundou antes que eles pudessem fazê-lo, o que resultou em sérias dificuldades financeiras para os comerciantes europeus e americanos, de acordo com o Sea Search Armada (SSA), um grupo de investidores americanos especializados em salvamento marítimo. .
A busca pelo San José foi realizada pelo REMUS 6000, um veículo de resgate subaquático, que também ajudou a localizar os destroços do Air France 447 em 2011 e auxiliou no mapeamento e fotografia do local do naufrágio do Titanic em 2010.
“Fiquei sentado por cerca de 10 minutos e sorri”, disse Jeff Kaeli, engenheiro da Woods Hole, à CBS News. “Então, naquele momento, acho que eu era a única pessoa no mundo que sabia que havíamos encontrado o naufrágio. É um pedaço da história que está no fundo do mar que conta uma história.”
Para verificar a identidade do San José, o REMUS fotografou as principais características do navio, como os canhões de bronze gravados com golfinhos. Apesar do esforço para encontrar o navio, a parte difícil vem agora, pois vários governos e empresas privadas disputam a propriedade do conteúdo do navio.
A descoberta da descoberta de San José é um importante achado arqueológico para Columbia, já que o navio contém inúmeros artefatos culturais e históricos. O navio também pode expandir o conhecimento dos pesquisadores sobre as realidades econômicas, sociais e políticas da Europa do século XVIII. Enquanto os tribunais decidem o destino do San José, a Columbia já planeja erguer um museu e um laboratório de conservação para exibir o conteúdo do navio, que inclui cerâmicas, canhões e outros artefatos.
A UNESCO pediu à Colômbia que não explorasse a descoberta, pois o local do naufrágio ainda é um segredo e assim permanecerá até que o tesouro seja retirado do fundo do oceano.